Tupolev Tu-128 / Tu-28P

  No final da década de 50, a North American Aviation, desenvolvia um bombardeiro estratégico que deveria ter um alcance sem reabastecimento de 12.200 quilômetros, percorridos à velocidade de mach 3 assim que atingisse a altitude de cruzeiro. Tal capacidade preocupou a União Soviética, que deu prioridade de criar um interceptador que deveria estar operando em 1964, data prevista de entrada em serviço do B-70 Valkyryie (que nunca passou da fase de protótipo). Um destes interceptadores criados, foi o Tupolev Tu-128 (28P), que com os seus 27,20 metros de comprimento, é até hoje o maior caça do mundo construído e o maior a entrar em serviço (para se ter uma comparação, um Boeing 737-200, tem 30 metros de comprimento, ou seja, apenas 3 metros a mais que o TU-128) Piloto e navegador sentavam-se um à frente do outro e a primeira versão era armada com apenas dois mísseis AA-5 um sob cada asa, já a segunda, TU-28P, estava armada com quatro mísseis AA-5, sendo dois sob cada asa.  Ainda foi construída uma terceira variante de treinamento e conversão, que possuía uma terceira cabine , além da cabine do piloto e do Navegador, que era ocupada pelo piloto-aluno.

  O que nunca foi explicado pela União Soviética, era como um interceptador como o TU-128, TU-28P, que desenvolvia uma velocidade máxima de mach 1,65 ,ou seja, 1.750 km/h,  interceptaria um bombardeiro que era planejado a voar a mais de 3.000 quilômetros km/h. Esse interceptador de longas distâncias, permaneceu em serviço na Voyska PVO (Força Aérea Soviética) até o final da década de 80, quando os poucos mais de cem exemplares que ainda se encontravam em serviço, foram desativados e sucateados. Hoje restam,  um ou dois exemplares preservados em museus, sendo o mais conhecido o que se encontra no museu da Força Aérea Soviética em Monino. fotos - Francisco José J. Ariza & Roman Y. Korovin