PROJETO BETA

    Na década de 1950 tornou-se óbvio que em breve a Força Aerea Brasileira precisaria de um novo treinador capaz de capacitar seus pilotos em duas novas características : trem de pouso triciclo e propulsão a jato. Na tentativa de satisfazer tais exigencias, o Centro Técnico de Aeronaútica, hoje Espacial, iniciou o estudo de 2 jatos de instrução dentro de um único programa denominado Projeto Beta. O Beta 1 chamava a atenção pela sua similaridade com o caça embarcado da US Navy McDonnel Bashee , mas seria equipado com dois Turbojatos Palas de fabricação Francesa, abrigados nas raízes das asas, um de cada lado da fuselagem. Sua construção seria totalmente metálica com trem de pouso triciclo retrátil, 2 assentos em tandem com duplo comando e cobertos por um único canopy. O modelo ainda teria asas altas sem com isso interferir na visão do instrutor, dotadas de tanques de ponta de asas para aumentar o alcance do mesmo.

    Embora o Beta 1 pudesse atender facilmente os requerimentos da Força Aerea Brasileira, o Ministério da Aeronáutica discutia na época, a implantação de uma Indústria Aeronáutica Nacional, capaz de atender a esses requerimentos e outros requerimentos futuros, assim, buscando economizar tempo e dinheiro, decidiu-se pela a fabricação sob licença de um modelo já em produção. Essa fábrica depois veio a tornar-se a Embraer e o modelo escolhido foi o Aermacchi 326 que ficou conhecido como Xavante. O contrato de fabricação sob licença do Xavante, acabou por selar as pretenções do CTA de levar adiante o projeto Beta.