Mikoyang-Gurevich Mig-19

   O Mikoyang-Gurevich Mig-19 (Russian: Микоян и Гуревич МиГ-19; codinome: Farmer), é um caça de segunda geração desenvolvido a partir do Mig-17 porém sendo propulsado por dois turbojatos Mikulin AM-5, os mesmos que equipavam o bombardeiro Tupolev Tu-16, porém dotados de pós-combustores.

  O primeiro protótipo voou em 1951 com a designação SM-1 sendo substituído pouco tempo depois pelo SM-2 que era mais aperfeiçoado buscando-se obter um caça de escolta supersônico o que só foi alcançado depois que os motores originais foram substituídos pelos Mikulin AM-9B os quais foram renomeados como Tumansky RD-9 com 5.700 lbf sem pós-combustão e 7.160 lbf com pós-combustão. Novas modificações aplicadas ao SM-2 acabou por redesigná-lo como SM-2B ou SM-9 cujo primeiro voo ocorreu em 05 de janeiro de 1954, sendo pouco tempo depois autorizada a sua produção já designado Mig-19. Mas, nem tudo ocorreu como esperado e a pressa de colocar o novo avião supersônico em operação ainda durante a fase de testes do SM-9, fez com que vários acidentes ocorressem durante a sua entrada em serviço muitos desses causados principalmente por vazamento dos tanques de combustível e também por constatar-se que em velocidades supersônicas os elevadores eram praticamente ineficientes o que deixava a aeronave praticamente incontrolável.

  Durante as décadas de 1950 e principalmente na de 1960, surgiram muitos avanços na área Aeroespacial e a cada avanço, o bureau Mikoyang-Gurevich lançava uma nova versão do "Farmer" visando muitas vezes atender uma nova especificação da Força Aérea Soviética ou para simplesmente atualizar essa aeronave conforme as novas tecnologias iam surgindo, tecnologias essas que muitas vezes se tornavam obsoletas antes mesmo desses aperfeiçoamentos serem implantados nessas versões. A prova que com o passar do tempo essa aeronave tornou-se o "cavalo de batalha" da União Soviética foi a sua produção de 2.172 aeronaves fabricadas somente na União Soviética entre os anos de 1954 e 1968, excluindo-se as fabricadas sob licença a China como Shenyang J-6 e Nanchang Q-5, onde a produção se encerrou em 1986 e na antiga Czecho-Slovakia, onde a Aero fabricou 103 aeronaves como Aero S-105. Os pilotos de Mig-19 da União Soviética e da Czecho-Slovakia efetuavam o seu treinamento nos Migs-15UTI (biplace) mas, a China optou por desenvolver para seus pilotos uma variante biplace de treinamento do Mig-19 a qual designou como Shenyang JJ-6.

  Os países que adotaram o Mig-19 e seus derivados foram: Afeganistão (36), Albania (15), Bulgaria (n° desconhecido), China (n° desconhecido), Cuba (n° desconhecido), Czecho-Slovakia (103), Alemanha Oriental (24), Hungria (12), Indonésia (n° desconhecido), Iraque (15), Polônia (36), Romênia (26), Síria (n° desconhecido), Vietnam (n° desconhecido) e URSS (mais de 2000) aeronaves. fotos - Internet