FOKKER S12

Fokker S12

    A derradeira tentativa de operação da Fábrica do Galeão ocorreu em 1953, quando suas instalações foram arrendadas a Fokker Indústrias Aeronáuticas, empresa então formada pela Fokker Holandesa e por um grupo de empresários brasileiros. Pelo acordo de acionistas, a Fokker integralizaria 50% do Capital Social total da empresa sendo 25% em dinheiro e o restante em tecnologia.  Tal empreendimento havia sido concebido e idealizado pelo Ministro da Aeronáutica no governo Vargas, o Brigadeiro Nero Moura, que entregava as instalações de uma fábrica estatal, A Fábrica do Galeão, para acionistas brasileiros associados a Fokker Holandesa. 

   Depois de fabricar 100 aeronaves do modelo Fokker S11, a Fokker Brasileira recebeu uma segunda encomenda para a fabricação de 50 aeronaves S12, cuja única diferença para o modelo anterior estava em seu trem de pouso que era triciclo ao invés de convencional.  Todas as aeronaves, incluindo os S11, deveriam ser entregues no prazo de 5 anos, mas com a morte de Vargas, Nero Moura foi afastado do Ministério da Aeronáutica e as incertezas da continuidade do projeto levaram a Fokker a não integralizar a sua parte do capital. Assim em 1957, premida pela sua descapitalização a Fokker Brasileira pediu concordata, sendo as suas instalações e ferramental assumidos pelo Ministério da Aeronáutica. Das 50 aeronaves previstas em contrato, a Fokker fabricou apenas 20, sendo as demais 30 fabricadas pelo próprio Ministério da Aeronáutica. Com o término da fabricação dos modelos S12, a Fábrica do Galeão deixou de existir como fábrica, passando a ser um parque de manutenção da aeronáutica. Dos 50 modelos fabricados por esta, somente o 0811 sobreviveu até os nossos dias, no Museu da Força Aerea Brasileira no Campo dos Afonsos. fotos - Internet