Fokker 100NG

   As primeiras aeronaves Fokker a operarem no Brasil foram os modelos S.11 e S.12. Os S.11 ficaram conhecidos como T-21, foram utilizados como treinadores primários na FAB e das 100 unidades utilizadas por ela , somente 3 foram fabricadas na Holanda sendo o restante fabricadas no Brasil na antiga Fábrica do Galeão. Aos S.11 seguiram os S.12 conhecidos como T-22 que também foram utilizados pela FAB como treinadores primários e diferiam apenas dos modelos S.11 por terem o trem de pouso triciclo ao invés de convencional e todos os 50 modelos foram usados somente pela FAB. Depois, em 1980, chegaram os primeiros Fokker F-27 dos modelos 100, 200 e 400 (este último somente pela Tavaj) para serem operados por diversas companhias aereas regionais, tais como, Brasil Central, Tam, Votec, Rio-Sul, Tavaj.  Em 1993 começaram a chegar os F50 ou F-27 Mk. 50 que foram utilzados pela Tam, Rio-Sul, Nordeste e finalmente pela Ocean Air, hoje Avianca Brasil. Em 1990, chegaram os primeiros Fokker 100, dos quais a Tam chegou a utilizar mais de 50 unidades, sendo que um destes foi arrendado pela Taba durante um breve período. Finalmente o último usuário do F-100 foi a Ocean Air, depois Avianca Brasil que adotou o nome de Fokker Mk28 numa tentativa de desvinculá-lo aos acidentes ocorridos com o modelo na Tam, que finalmente deixou de operá-los em 2013.

   Em 11 de Maio de 2011, um jornal de grande circulação nacional noticiou, que a Rekkof Aircraft, empresa holandesa detentora dos ativos da massa falida da Fokker Holandesa, havia fechado um contrato com o Governo do Estado de Goiás para a fabricação de uma versão modernizada do Fokker 100 em uma fábrica a ser construída em Anápolis. O projeto previa que em um primeiro momento 35% das peças seriam fabricadas na Holanda, peças estas que fariam parte dos 60 primeiros aviões e que até 2019, 75% das peças das aeronaves seriam fabricadas no Brasil. Porém, antes de tentar instalar tal fábrica no Brasil, a Rekkof já havia tentado instalá-la em outros países como China, Turquia e Argentina, todas tentativas sem sucesso. Os motivos para tais fracassos, são pelos fatos de que o mercado antes conquistado pela Fokker já não existe mais ou é dominado pela Embraer, Bombardier e outros fabricantes mais capitalizados que esta. O Fokker 100 foi uma boa aeronave a seu tempo, mas não conseguiria concorrer com as aeronaves da família ERJs da Embraer e de outros fabricantes já citados e os motores que outrora equipavam o jato Fokker F100 sequer são fabricados atualmente. O último e talvez o mais importante motivo é o fato do Fokker 100 não estar inserido num conceito de "família de jatos" o que acarretaria em um treinamento específico para este tipo de aeronave, aumentando os seus custos, deixando-o em condições desvantajosas frente aos jatos concorrentes como os da Airbus e da Embraer em que um tripulante certificado e um ERJ-170, por exemplo, pode pilotar um ERJ-195. Tudo não passou de um sonho.  Ilustrações - Internet