Yakovlev Yak-15

  Em abril de 1945, o conselho de comissários do Povo Soviético, solicitou ao OKB Yalovlev, o desenvolvimento de um interceptador a jato monoplace a ser equipado com um único motor alemão Jumo 004. Para economizar tempo, o OKB Yakovlev baseou o novo desenho partindo da última versão do seu famoso caça Yakovlev Yak-3 que utilizava um motor a pistão. O motor a pistão foi removido e em seu lugar colocou-se o turbojato Jumo 004, deslocando-se o duto de exaustão para parte inferior e central da fuselagem. Como no projeto original do Yak-3 não havia esta descarga de gases quentes na parte inferior da fuselagem, foi necessário reforçar e proteger esta parte inferior e aproveitou-se para colocar dois canhões de 23mm sobre o motor e adicionar um tanque de combustível abaixo deste. As asas não foram modificadas, apenas foram removidas as entradas de ar dos radiadores, não mais necessárias, e manteve-se também a mesma cauda, afilando-se apenas o estabilizador vertical, nem mesmo o trem de pouso convencional foi modificado. Em 1946, o conselho especificou novas diretivas, de que o modelo deveria alcançar a velocidade de 770 km/h ao nível do mar e 850km/h na altitude de 16,400ft, chegar a esta altitude em 4 1/2 minutos ou menos e ter um alcance de 500 km em velocidade máxima. Quando finalmente os dois primeiros protótipos começaram a voar, o Conselho de Ministros especificou um novo requerimento, que o modelo deveria ser equipado com o novo turbojato soviético RD-10 e que seu alcance deveria ser de 700 km em velocidade ótima de cruzeiro em uma altitude de 14,000ft.

   Apesar de todas estas mudanças, o OKB Yakovlev não teve nenhum problema em adaptar o novo modelo as constantes mudanças impostas ao projeto e embora fosse baseado num modelo de enorme sucesso, quando os testes realmente começaram, uma serie de problemas surgiram , tais como: A asa que fora desenhada para um avião com motor a pistão, limitava a velocidade máxima do aparelho, a saída de gases do exaustor danificada os campos de pouso quando em potência máxima, o cockpit frequentemente enchia-se de fumaça oriunda do querosene, havia constantes vazamentos de óleo no motor e o alcance da aeronave estava longe do determinado. Apesar destes problemas, o Yak-15 provou ser muito fácil de ser pilotado, mesmo por pilotos acostumados a pilotar aviões com motores a pistão, o que levou a VVS a aceitá-lo com avião de treinamento. No total foram fabricados 281 Yak-15s, sendo 280 monoplaces e 1 biplace. O Yak-15 além de ser utilizado pela antiga União Soviética, também foi adotado por Polônia, Romênia, Hungria e Manchúria. O único modelo Biplace também é designado como Yak-15T ou Yak-21.

  O Yak-17RD nada mais era do que o Yak-15 Jumo usando o turbojato RD-10 com melhorias aerodinâmicas, nas asas, na cauda, com um assento ejetável e um novo canopi, este modelo porém nunca voou. fotos - Internet