Mikoyan-Gurevich Mig-29

   O Mikoyan-Gurevich MiG-29 ( russo : Микоян и Гуревич МиГ-29 ; nome do relatório da OTAN : Fulcrum ) é um caça utilizado em combate aéreo desenvolvido no início da década de 1970, entrando em serviço na União Soviética em 1983 e mantem-se operacional até os dias de hoje na Força Aérea Russa, bem como nos países para onde foi exportado. Neste sentido, o elevado custo de manutenção tem levado a Força Aérea Russa e outros países como a Hungria a tentar se livrar de seus Mig-29, entretanto poucos países têm demonstrado interesse na aquisição destes equipamentos.

   A concepção do MiG-29, tal como o Su-27 Flanker da Sukhoi, iniciou-se em 1969, quando a União Soviética tomou conhecimento da existência do programa 'FX' da Força Aérea dos Estados Unidos, que iria culminar na produção do F-15 Eagle. Ainda antes do desenvolvimento deste avião, os soviéticos se deram conta de que os novos caças iriam representar avanços significativos em termos tecnológicos, comparativamente aos caças existentes. O MiG-21 Fishbed mostrava-se até então ágil, segundo os padrões da época, embora o seu tamanho inserisse deficiências no alcance, armamento e potencial de expansão. O Mig-23 Flogger, desenvolvido para equiparar o F-4 Phantom II, era rápido e dispunha de mais espaço para equipamento e combustível, mas a manobrabilidade e capacidade de combate direto (dog fighting) mostrava-se deficiente. Os soviéticos necessitavam, assim, de um caça mais equilibrado, concentrando mais agilidade e sistemas sofisticados. Apesar das suas virtudes aparentes, o MiG-29 não foi tão bem sucedido em combate real. Voou em combate na Guerra do Golfo, sobre a Sérvia, e na Guerra Eritreia-Etiópia em 1999. Pelo menos uma dúzia foram atingidos, sem registo de vitórias. Porém, a maioria das aeronaves destruídas estavam no solo e as poucas perdidas em combate aéreo se deve ao fato da tecnologia superior utilizada pelos Estados Unidos da América, como aeronaves AWACS e mísseis mais modernos, além do alto grau de treinamento dos pilotos americanos. Alguns técnicos consideram estes valores reveladores das deficiências do Mig-29. No ambiente hostil do Iraque e Sérvia, os Estados Unidos tomaram a iniciativa e asseguraram a sua superioridade aérea desde muito cedo, restando poucas chances aos Mig-29s de reação. No entanto, algumas análises de potencial, quando comparados paralelamente, indicam que o Mig-29 poderia ser equiparado ao F-15 Eagle. Análises efetuadas pela Federação dos Cientistas Americanos (FAS) revelaram que o Mig-29 é igual ou superior ao F-16, após os exercícios conjuntos DACT, realizado entre pilotos alemães (que herdaram o Mig-29 da antiga Alemanha Oriental) e pilotos americanos, em razão de seu sistema de mira montado no capacete (HMS) dos pilotos e da grande manobrabilidade do MiG-29 à baixa velocidade. Foram fabricadas mais de 1600 unidades do Mig-29 e além da versão inicialmente produzida foram fabricadas as versões Mig-29UB biplace de treinamento e a Mig-29K uma versão naval adaptada para pousos e decolagens em porta-aviões com trem de pouso reforçado e asas dobráveis. A versão atualizada a partir de 2007, foi rebatizada de Mig-35.

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